segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Carta a Presidenta


Prezada Excelentíssima Presidenta. 

Será que me daria a honra de um passeio para te mostrar algumas coisas?
Poderíamos ignorar o fato de um ser superior ao outro e agirmos feito humanos,
Apenas humanos de carne e osso.
Tenho muitas dúvidas em minha cabeça jovem que gostaria de tirar com vossa excelência.
Espero que seja ao menos honesta em me responder sem se preocupar com protocolos.
Será que seria capaz disso?
Como se sente quando vê muitos desabrigados nas ruas, enquanto passa no seu carro presidencial, cercada por seguranças que nunca deixarão eu me aproximar de você para conversar ou cobrar o que prometeu?
Como tem vivido em paz enquanto há tantos moradores de rua e mendigos vivendo debaixo do mesmo sol que o seu?
O que sente quando passa por essas pessoas que são iguais a você e que vivem em condições subumanas?
Responda-me francamente.
Por quem reza todas as noites antes de dormir?
E para que Deus dobra os seus joelhos pedindo misericórdia para essa nação onde tantos roubam e muitos não tem o que comer?
Será que não se olha no espelho todas as manhãs, quando vai para o seu trabalho às onze da manhã, enquanto um trabalhador honesto sai de casa as cinco da madrugada e pega três ônibus para chegar ao seu destino?
Você se sente orgulhosa por isso?
Você sente orgulho de ser chamada de PRESIDENTA quando na verdade suas preocupações deveriam ser igualdade a todos os moradores dessa nação?
Como tem dormido todas essas noites?
Quais são os seus sonhos?
O que pensa quando uma esposa não pode dar adeus ao marido que foi morto em um assalto quando estava indo trabalhar?
E não me diga que a culpa não é sua, porque quem puxou aquele gatilho foi você e todos os outros governantes que não deram educação e oportunidades aquele assaltante.
Será que conseguiria me olhar nos olhos e responder as minhas perguntas?
Excelentíssima Presidenta,
Nós não somos burros e muito menos cegos,
Será que precisamos fazer uma guerra com armas e bombas para que nos vejam como cidadãos?
As nossas crianças conhecem o crime cedo demais, quando ainda deveriam acreditar em Papai Noel.
Enquanto a você, constrói monstros que vão para o inferno e nem se importa com isso.
Uma mãe nunca deixaria de amar seu filho se não tentasse até o último suspiro para regenerá-lo.
Que tipo de mãe é você Presidenta que não pensa no bem maior a todos?
Você deveria ensinar o amor entre todos, pois uma mãe jamais abandona um filho.
Seja ele mendigo, pobre, mulato, gay ou negro.
Será que você sabe alguma coisa a respeito de trabalho duro?
Será que sabe como uma mãe vive com um salário mínimo e uma criança na barriga?
Você não sabe nada de trabalho duro.
Trabalho duro é não ter o que comer, o que vestir ou onde morar.
Você não imagina o que é passar necessidade.
Você não imagina como dói sentir fome.
Você não imagina o que é ver um filho passar necessidade sem poder dar a ele o que você desperdiça no seu café da manhã.
Será que consegue olhar nos meus olhos e responder, Sra. Presidenta?
Como consegue dormir enquanto nós choramos?
Será que seria capaz de ser um terço do que Mandela foi para o seu povo?
Não precisava ser igual a ele, pois isso minha pobre lógica já sabe que será impossível,
Eu tenho certeza que se fosse pelo menos um terço algo já mudaria nesse país.
Será que me daria a honra de um passeio, Sra. Presidenta?
Eu daria.


Texto: Carta a Presidenta
De: Diógenes Ramos
Inspiração: Pink

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Monólogo De Um Assassinado


Eu não era uma pessoa normal. Certamente isso pesou muito para que eu fosse tirado da terra. Eu era livre de regras, de rótulos e do medo. Na minha pobre lógica eu buscava apenas ser feliz. 
Sinceramente eu não entendo como as pessoas defendem uma ideia e matam por ela.
Não entendeu nada não é mesmo? Calma, eu explico.
Eu era o primeiro de minha turma, tinha uma inteligência assustadora, era um exemplo para minha família. Minha mãe só recebia elogios sobre mim. Estava prestes a concluir minha faculdade, e sim, eu era muito bonito, pelo menos algumas pessoas diziam isso (risos). Ah, já estava me esquecendo, eu, dentre todas essas qualidades, também era gay.
Era uma manhã linda de domingo. Decidi passear no parque com uns amigos e meu namorado. Tinha vinte dois anos quando isso aconteceu, o sol estava lindo aquele dia, eu lembro o cheiro do verde acredita? Os pássaros cantavam livremente, então de repente, sem que ninguém esperasse aquela reação, eu tirei os chinelos e saí correndo pelo jardim. Todos me olharam e riram. Alguns pensaram que eu estava ficando louco, outros que estava bêbado, mas eu só estava feliz. Felicidade são os momentos bons da vida, e aquele era um dos meus melhores.
Eu me lembro que meu namorado veio até a mim e me beijou na frente de todos que estavam ali. Aquele beijo foi lindo, então eu falei:

-Me beija de novo, pois estou adoecido de amor.

Sem se importar com quem estava ao redor ele me abraçou e fez mais uma vez e eu correspondi. Depois olhou nos meus olhos e disse:

-Fica comigo para sempre que eu viro o vento, me escolhe, me ame, me leve.

Eu estou tentando esquecer essa cena, mas desculpe-me, esse registro vai ficar gravado para sempre em minhas recordações, pois foi um dos últimos de minha vida.
Naquela mesma manhã eu morri de uma forma brutal. E sabe qual foi o meu erro? Eu era gay. A minha felicidade não me deixou perceber que entre as árvores, uma sombra escura observava minhas atitudes. Eu nunca me preocupei com o ser gay e nem com o que os outros fossem pensar. Dos meus problemas, esse era o menor. Eu sou o que eu sou e isso para mim bastava, mas não é assim que a maioria pensa. 
Eu só queria que esse câncer social fosse extinto antes que aconteça com outros o que aconteceu comigo.
Eu me lembro que fui pegar uma água. Meus amigos ficaram deitados na grama. Caminhei sorridente entre as árvores até chegar a outra parte do parque, e sem que eu percebesse, aquela sombra me seguiu, quando estava quase alcançando o outro lado, uma voz atrás de mim disse que eu não merecia estar sobre essa terra. Quando me virei senti uma pancada muito forte sobre minha cabeça e caí no chão. Não conseguindo me mexer ouvia apenas uma voz muito distante dizendo que eu deveria morrer e não viver para contar história, pois "bichinhas" como eu não deveria nem ter nascido. Então senti mais duas pancadas sobre minha cabeça e apaguei para sempre.
Não deu tempo de gritar, não deu tempo de pedir socorro e eu fiquei ali jogado no chão, com a cabeça toda ensanguentada e o socorro de que precisava só veio quando os meus amigos sentiram minha falta e foram me procurar, mas já era tarde demais.
Eu morri aquele dia, mas não foi só eu, minha família, meu amigos e os meus sonhos.
Não morri somente por ser gay, morri porque eu aceitei ser feliz.

Cuidado! Infelizmente ainda têm muitos desses por ai e não quero que aconteça com você o que aconteceu a mim.



Texto: Monólogo De Um Assassinado 
De: Diógenes Ramos

sábado, 2 de novembro de 2013

O Anel


Não vai doer se me tirar o anel cravejado de diamante,
Coisa pior você fez com o meu coração,
Vão os anéis, ficam-se os dedos.
E como um prêmio você guardou o meu coração na sua coleção,
Suspirou como um vencedor por ter conseguido o seu troféu. 
Dói saber que ainda sou um romântico.
Ai de mim que sou assim.
Me senti rejeitado,
Mas eu darei a volta por cima,
Eu sempre dei voltas longas,
Mas te agradeço por me mostrar um novo caminho.
Vou viver como um robô,
Seguir a partir de hoje sozinho,
Garantir que não ficarei prostrado,
E o que eu posso dizer a partir de agora é:
Pena que você não me quis.
Não pulei de um precipício por muito pouco,
Mas é isso que eu digo, baby,
É uma pena que você não me quis,
Porque você valeria por mil prêmios que eu ganharia,
E se pudesse ao menos me dar um dia me amando de verdade,
Eu seguraria o meu orgulho,
E viveria esse dia sem nem olhar no relógio.
Mas agora é tarde demais para dizer que te amo.
Por que o tempo não voltará jamais.




Texto: O Anel
De: Diógenes Ramos

sábado, 26 de outubro de 2013

Dure enquanto é carnaval


Eu queria um amor,
Não daqueles que nos deixam cicatrizes,
Mas daqueles que nos fazem pessoas melhores.
Eu queria um amor,
Podia até não me fazer bem,
Mas que também não fizesse mal.
Eu queria um amor,
Que me tirasse da cama em um dia frio,
Mas que me deixasse dormir por horas, caso estivesse cansado.
Eu queria um amor,
Que me beijasse com uma fantasia,
Mas que pelo menos dure enquanto é carnaval.
Eu queria um amor,
Desses que se encontra por ai,
Felicidade é um bem que todos devem ter,
Ser feliz é algo tão natural para viver.
Eu queria um amor,
Não daquele ciumento em extremos,
Mas que se importasse comigo e sentisse saudades.
Eu queria um amor,
Que curasse todas as minhas feridas,
E se não pudesse me curar, ao menos que amenizasse a dor.
Eu queria um amor,
Que vivesse comigo as minhas melhores histórias,
E caso tivesse que me deixar,
Que me mostrasse que caminho seguir em busca de outro amor.
Eu queria um amor,
Que dançasse como se não houvesse ninguém por perto,
Ou que dançasse apenas para mim.
Mas que dançasse.
Eu queria um amor,
Qualquer um amor,
Mas que pelo menos dure uma estação.
E que ainda assim, me faça acreditar que foi minha melhor estação.
Eu queria um amor,
Que subisse montanhas para me ver,
E que se chegasse cansado ao topo,
Apenas um beijo meu repusesse suas forças.
Eu queria acreditar no amor.



Texto: Dure enquanto é carnaval
De: Diógenes Ramos

sábado, 31 de agosto de 2013

Mariana, rosa?




Minha princesinha nasceu ontem. Todos ficaram encantados com a sua beleza. Quartinho rosa, bonecas espalhadas por todo o quarto. Também, no quarto mês de gravidez de minha esposa, sua mãe já nos enchia de presentes para esperar a sua tão sonhada netinha. A princípio era sua única neta, então deveria mesmo ser paparicada.

Quando eu e minha esposa saímos do hospital e chegamos em casa, uma festa estava a nossa espera. Todos admiravam a beleza da minha filha. Realmente eu devo admitir que acertei no ponto. A gozada foi preparada com vigor.
Eram roupinhas lindas, a maioria de um rosa delicado ou um roxinho claro. Um amigo da família foi logo dizendo que ela casaria com o seu filho e que ambos teriam filhos lindos e por consequência também teríamos netos com seus traços.

Acontece que o tempo foi passando e minha filha cada dia ficava mais linda. Foi educada para cuidar da casa e de seus filhos como toda mulher deveria ser criada. As bonecas compradas pela minha esposa e a maioria pela sua avó eram motivo de incentivo para ela ser uma menininha comportada. 
E os lacinhos na cabeça e pompons parecidos com os da Xuxa? Isso não se comparava a nada.

Na adolescência uns diziam: ela será uma linda modelo, outros falavam, uma mãe exemplar, ainda tinham aqueles que achavam que seria uma princesa, mas aos doze anos de idade eu comecei a observar em minha filha um comportamento diferente ao que estávamos acostumados.
As bonecas foram encaixotadas e deixadas dentro do depósito que tínhamos em casa. O quarto rosa foi pintado de azul clarinho. Seu cabelo liso foi cortado curtinho. Suas roupas parecidas com as das princesas da Disney foram trocadas por calças jeans ou shorts cortados por ela mesma.

Todos olhavam para ela estranhamente, até mesmo minha esposa começou cobrar mais dela para que se parecesse com uma mocinha. Que aquelas roupas não eram de menina e que deveria muda-las. 
Eu somente sorria por dentro quando ela falava para eu conversar com nossa filha. A única coisa que queria era que ela encontrasse o seu caminho e descobrisse o segredo da felicidade. Mas numa manhã, depois de uma discussão no quarto com minha esposa, eu chamei minha filha para almoçarmos juntos, somente nós dois.

No almoço eu ria com o jeito que ela falava, era uma maneira peculiar e que me chamava atenção. Então não resisti e perguntei se tinha algo que estava acontecendo e se ela queria desabafar. Ela me olhou como vendo em mim uma figura de confiança, chegou mais perto de e perguntou se eu a amava de verdade. Eu com um olhar terno, respondi que a amava mais que tudo em minha vida. Depois ela se virou um pouco envergonhada e disse sem medo da reação que nunca gostou de bonecas, odiava a cor rosa e que estava gostando da amiguinha da escola.

Eu com um sorriso no rosto disse para ela que eu sabia desde sempre, mas que pudesse confiar em mim, pois caso fosse necessário eu enfrentaria o mundo todo somente para que ela pudesse ser feliz da forma que achava correto.
Naquele almoço conheci mais sobre minha filha do que em uma vida inteira que passamos juntos. Na volta, ainda dentro do carro intrigado com o que ela havia me dito, perguntei:

-Mariana, você não gosta mesmo da cor rosa?
-Rosa? Não papai, eu não gosto!



Texto: Mariana, rosa?
De: Diógenes Ramos

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A Atriz



Há quem sonha com a vida da atriz,
Imaginam um mundo onde todos os sonhos acontecem,
Mas e ai? Será mesmo de verdade?
Será que é felicidade?
Será que a pele do seu rosto é mesmo de boneca?
Será que é só glamour?
Será que ela defende um mundo melhor?
Será que ela acredita num futuro diferente?
Ou será que ela apenas decora o seu papel?
Será que aceitamos o enfeite que a televisão nos mostra?
Será que a sua casa é na cobertura?
Será que tudo é uma mentira?
E se esse vidro quebrasse e revelasse tudo?
Como seria a vida da atriz?
Será que aquilo não passa somente de cenário?
E se o camarim dissesse quantas vezes ela já chorou ali?
Você queria viver a vida da atriz?
Sua vida já é um teatro pronto.
Será que é divina?
Será que é estrela?
Será que é porcelana?
Quer ainda viver a vida da atriz?
Quer pegar os problemas dela?
A vida da atriz é um teatro pronto.


Texto: A Atriz
De: Diógenes Ramos

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Uma reflexão sobre dividir a cama



Não entendo como algumas pessoas dizem que não gostam de dividir sua cama. Simplesmente não entendo.

Com esse frio que está fazendo um ombro quente para deitar em cima é a melhor pedida. É claro que no decorrer da noite ambos vão se mexer, acordar no meio da madrugada com um ronco diferente, ou porque o parceiro deu uma cotovelada sem querer. Talvez até acorde com um formigamento estranho por falta de circulação, mas e dai? Não importa, o fato é que ainda não inventaram algo tão perfeito para quem se ama.

Você pode dormir numa cama de solteiro, casal ou aquelas king, ainda assim, quando se gosta uma parte imensa da cama irá ficar vazia, pois sua necessidade de estar perto do outro é maior e além do que o espaço que ficará vazio e frio. O mundo não importa mais quando estamos nessa posição, porque ali é o lugar mais aconchegante que se pode imaginar. Sem contar ainda que tem as brigas intermináveis pelo cobertor, os pés frios encostando um no outro para se esquentar, as pernas sendo jogadas em cima do parceiro (eu faço muito isso). Dormir sozinho é moleza demais, e quando digo moleza estou falando também no sentido de acordar com o seu brinquedo duro e sem ninguém para roçar ele. Tem coisa melhor, meu amigo?

Dividir a cama com quem gostamos nos priva de correr todos os dias para as aulas de alongamento. Quem vai precisar se alongar nessa hora tão louca, onde as puxadas de cobertor já superam essas maçantes aulas? Pense nas esticadas que o seu braço vai dar. Há quem diga que o dormir de conchinha também é de foder para quem estar sendo a concha, mas pense comigo. Claro que o braço uma hora vai doer, que as pernas precisam ser esticadas, que as costas vai implorar para você se virar, mas só de sentir o cheiro do cabelo de quem você gosta, só de saber que não é somente uma concha, mas o mundo de quem estar do outro lado. Meu amigo isso vale por mil conchas nesse mundo ou quem sabe mil travadas de coluna.

Um dia, talvez você olhe para trás e se lembre de que foram esses momentos que fizeram com que sua relação tivesse o respeito e solidez que tem hoje. Pense que o outro lado vazio da cama foi excelente para que a união de vocês dois se fortificassem ainda mais. Claro que existem aqueles que irão discordar dessa reflexão, mas talvez não tenham encontrado a sua concha ou o seu mundo. Talvez ainda não tenham encontrado aquele que de tão grudados irão torna-se um só. 

Mesmo no calor eu posso dizer que da próxima vez que a gente se encontrar eu vou pedir para se deitar comigo, vou te dar um beijo e vou querer o mundo com você ao meu lado.



Texto: Uma reflexão sobre dividir a cama
De: Diógenes Ramos

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A Voz


Era uma manhã de sexta feira ensolarada,
Eu estava no meu quintal colocando o lençol para lavar,
Aquele lençol que suamos na noite passada.
O que sujamos e me fez ter inspiração para mais um poema,
De repente uma voz sussurrou no meu ouvido dizendo que você voltaria,
Parecia um anjo anunciando o seu retorno.
Ele dizia que na manhã de domingo você estaria comigo,
Até lá o lençol já estaria seco e limpo para mais uma aventura.
Eu pensei estar louca e ouvindo vozes do além,
Mas quem se importava?
Eu estava sozinha no meu quintal,
O meu lençol agora quarava ao sol,
E eu pensava em você dentro de mim.
Eu desejava isso mais que minha própria vida.
Já ouvia o galopar do seu cavalo,
Fechei os olhos e imaginei nós dois deitados no mesmo lençol,
Mas a bruma leve bateu no meu rosto,
E eu despertei olhando o lençol quarando,
Foi ai que percebi que um anjo voou para o céu
E compreendi que não estava louca,
Fiquei ali, contando as horas para te ter em mim novamente.



Texto: A voz
De: Diógenes Ramos.

terça-feira, 23 de julho de 2013

A Maldição da Rosa


A rosa estava plantada no jardim. 
Era uma linda rosa,
A mais bela que já vira em toda minha vida.
Eu estava feliz por ele ter aparecido em minha vida,
Queria retribuir com um presente,
Mesmo que fosse um roubado.
Aquele sorriso lindo era fácil de me tirar o chão.
E não me deixar raciocinar.
A rosa me tentava a arrancá-la.
E eu não resisti.
Pulei o muro baixo do meu vizinho,
Certifiquei-me de que ninguém estava me vendo,
E de uma única tentativa eu tirei a bela rosa,
Era de uma beleza que me instigava a comê-la.
Corri de volta,
Pulei o muro com ela em minha mãos,
Levei para minha casa e esperei ele chegar para entregar a pura rosa.
Quando estava cansado de esperá-lo,
De repente a porta se abriu,
Ele me olhou no fundo dos olhos,
Sorriu carinhosamente,
Beijou minha testa,
Meus olhos,
Minha boca,
E disse baixinho:
-Eu quero ser o seu amor por toda eternidade.
E eu respondi:
-Eu serei seu enquanto viver.
Fui até a cozinha, 
Peguei a rosa e o entreguei.
Ele sorriu novamente e me abraçou.
Eu me desmontei com aquele abraço e me entreguei com paixão.
Foi uma linda noite, 
Acredito que a mais perfeita de minha vida.
A rosa ficou ali nos velando enquanto nos amávamos,
E depois daquilo o nosso amor secou como a rosa no copo.
Penso que não posso mais fazer a linda rosa ter vida,
Mas não consegui me libertar nem da rosa e nem daquele sorriso.




Texto: A Maldição da Rosa
De: Diógenes Ramos
Em Luxemburgo na casa de Junior.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cordel


Caso me desejes,
Sou desses rapazes que não dizem não.
Por uma ficada à toa,
Ou uma trepada boa,
Um barzinho, um violão.
E não precisa sobrenome,
Mas caso sejas rico,
Aceito um presente para chamar de meu.
Como uma roupa cara,
Um sapato importado,
Ou um terno para me deixar sem fala.
E eu direi que te amo,
Farei suas vontades,
Realizarei seus pedidos.
E tu sentirás que és o único em minha vida.
E que podes me possuir,
Mas na manhã seguinte,
Quando o sol nos acordar,
Te encubras antes de me levantar,
Não me beijes com um bom dia,
Pois já não terás nenhum valor,
És um cordel encostado,
De uma noite descartada,
Separado de mim.


Texto: Cordel
De: Diógenes Ramos


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Grávido


Eu estou grávido,
Grávido de um computador,
Grávido de uma placa mãe,
Grávido de um roteador,
E amanhã eu vou parir,
Um pen drive, uma comunidade, uma nova Internet.
Uma maria fumaça,
Uma vidraça.

É que eu estou grávido,
Esperando uma borboleta,
Cada dia mais enjoado,
Estou grávido de um anão,
De um mendigo, um furacão,
E vou parir
Sobre as pessoas,
Quando as dores surgir,
E a barriga dilatar,
Vou dar á luz.

Estou grávido,
Grávido de um livro,
De uma livraria,
Uma biblioteca,
De um romance encantador,
E vou parir,
Um novo planeta, Uma poesia, uma ficção.
Um capítulo,

É que eu estou grávido,
Esperando um pardal, uma adorinha, um beija-flor,
Estou grávido de amor,
É que eu estou grávido,
Grávido de uma batedeira,
De um pensador,
E vou parir ideias quando minha bolsa estourar,
Vou dar à luz,
E iluminar o mundo com o meu bebê.



Texto: Grávido
De: Diógenes Ramos.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Pra Você


Aquela dor estranha de repente passou,
Eu ainda não acredito que estou sentindo isso,
Mas é verdade, e o sentimento bom agora está dentro de mim,
Eu sinto como se houvessem borboletas em meu estômago. 
Eu que sempre sonhei com algo parecido,
Porém nunca acreditei nesses sonhos,
Nem mesmo em mim.
Agora eu sei que existe e eu posso senti-lo.
O relógio girou,
O inverno chegou,
Mas desta vez eu não estou com frio.
O meu choro secou,
Minha esperança aflorou,
E você chegou para me aquentar,
Não somente do frio que me acabava,
Mas para esquentar a minha alma e meu coração.
O que sei é que todas as estações serão mais belas,
Porque agora você está aqui comigo,
E penso nos seus olhos, na sua boca e no seu sorriso,
Eu já não sinto nem frio, nem medo.
Apenas que eu e você nascemos um para o outro,
E a partir de agora,
Se nós dois ficarmos juntos pra valer,
Toda estação que tiver,
Todos os textos que eu escrever,
Vai ser pra você.


Texto: Pra Você
De: Diógenes Ramos

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Sonhos


Em algumas circunstâncias, um sonho bom pode ser um pesadelo, mas um pesadelo necessário.
Já eram quase sete horas da manhã, o despertador já se preparava para fazer o que estava programado: acabar com nossa realidade alternativa. 
Eu estava em outra dimensão. No sonho ele falava que sentia saudades de estar comigo. No sonho não havia ninguém que nos impedisse de viver o nosso amor. No sonho ele me beijava como se eu fosse o único de sua vida. Lembro-me que consegui sentir o cheiro de sua pele, fazia muito tempo que não sentia aquele cheiro e posso jurar que não se compara com nada que já experimentara outrora.
Como foi bom sentir o seu cheiro e melhor ainda sentir os lábios dele tocando os meus. Mas quando fui perguntar o motivo de ficar tanto tempo afastado de mim, o relógio despertou e me fez entender que o travesseiro que eu abraçava era apenas uma ilusão.
Com uma tristeza absurda eu desliguei o despertador e fechei os olhos para voltar ao sonho bom, mas a única coisa que ficou foi lembranças e eu acordei para o meu pesadelo que é estar sem ele aqui comigo.



Texto: Sonhos
De: Diógenes Ramos.


quarta-feira, 1 de maio de 2013

Casal ou Par? Tanto Faz



Outro dia vi essa imagem acima estampada na pagina do Facebook de uma amiga e fiquei pensando por um bom tempo, olhando para ela, e se valeria realmente a pena deixar uma critica concernente a mesma. Então, se está lendo esse texto acredito que já saiba a resposta.
E depois de passar horas a fio tentando entender o que leva uma pessoa a cometer tal absurdo preconceituoso, eis aqui a minha opinião.
É simplesmente vergonhoso, digno de vaias eu diria. A religião distorcida e preconceituosa mantém sua popularidade entre as pessoas que, mergulhadas na ignorância nos seus mais de dois mil anos de história, dão apoio sem saber ou se preocuparem por que fazem isso, mas claro, ainda existe exceções.
O dicionário diz que os sinônimos de casal é: parceria, companhia, união, PAR, entre tantas outras palavras, mas até aqui já será suficiente para que o entendimento seja claro. Já quando se trata de par o conceito que temos está totalmente coerente com a imagem, pois se trata de utensilio composto de duas peças iguais, ou de pessoa igual a outra em posição social, mas ainda assim o sinônimo volta a dizer casal.
Você é aberto ou fechado? No bom sentido, claro.
O que acontece é que o mundo vem mudando a cada dia, as pessoas se tornam outras a cada novo celular lançado, até mesmo o português que tínhamos como perfeito foi mudado com suas novas regras. 
Mas as pessoas insistem em permanecer nessa cegueira torpe e ridícula, e realmente são dignas de vaias, pois não estamos falando de peças iguais e sim de sentimentos que é o que compõe o casamento e o que deveria perdurar por muito tempo. O amor é universal e sua forma de sentir é a mesma, ou você acha que amamos diferentes porque nossa orientação é diferente?
Outra coisa que o casamento entre indivíduos de sexo oposto deveria ensinar é a respeitar os seres diferentes, pois isso sim, faria uma puta diferença na vida de muitas pessoas e quem sabe esse país sairia da cegueira religiosa, voltando os seus pensamentos ao Deus que criou a todos de forma igual.

Como disse Mendes de Assis

Há quem diga que "somos impuros"
Você nova, eu velho. (**Você homem, eu homem) 
"Amor banal, promíscuo, interesseiro"
Não ligamos.
Não faz mal.
Amamos.
Formamos um belo casal



Texto: Casal ou Par? Tanto Faz
De: Diógenes Ramos.
    **Notas de Diógenes Ramos.


terça-feira, 30 de abril de 2013

O Nome Dele é Odilon.


As vezes me pergunto se você iria querer conhecer o Odilon.
Com certeza você não iria querer conhecê-lo.
Minha vó o amamentou,
Meu pai tinha nove anos quando o viu pela primeira vez,
E ele me disse que até hoje nunca conseguiu esquecer o Odilon.
Ele era extraordinário.
Respirava vida no auge de sua velhice.
E daí, se ele quis viver dessa forma?

Sabe aquela pessoa que quando entra em um ambiente qualquer todos param para admirar?
Ele era um vulcão em erupção,
Um mágico.
E tem aqueles que o confundiam como um ser mitológico,
Acho que já o compararam até como um Deus Grego. 
Um menino lindo.
Com certeza você não iria querer conhecer o Odilon.

Ele era o que quebrava as regras, sabe?
Quando todos estavam com frio, ele tirava as roupas e corria pelado pelo pasto,
Um selvagem por natureza.
Mas bem humano.
No auge da sua loucura, ele era um ponderado.
Você não iria querer conhecer o Odilon.
Entrava, saía e comia em todos os lugares de graça, acredita?
Também né, tinha charme para isso.

Todos amavam o Odilon, sem exceção de ninguém.
As mulheres principalmente,
Minha mãe o amou sobremaneira,
Eu me lembro que uma vez estava sem sono e saí para andar pelas ruas escuras,
E adivinhem quem eu encontrei dançando sozinho no meio da marginal?
Ele dançava livremente,
Sem medo ou qualquer culpa por estar ali.
Ai eu me aproximei e perguntei:
Está dançando sozinho?
Ele falou: Claro que não! Danço com o vento, os carros, a poluição e comigo.
Nunca esquecerei ele dançando daquele jeito.

De repente, sem que eu menos esperasse, ele gritou:
Venha até aqui! Pois estou padecendo de amor,
Faça um carinho no meu rosto que eu viro o vento,
Não se vá, volte e me leve com você.
Com certeza você não iria querer conhecê-lo.
Queria?
Será que realmente você queria conhecê-lo?
Pense bem, pois não haverá volta.
Eu queria conhecer o Odilon.


Texto: O Nome Dele é Odilon.
De: Diógenes Ramos.
Inspiração do Documentário: Quem é Elena? 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Escuridão


É melhor ouvir o que diz meu coração,
Até tentei expressar em palavras o que estava sentindo,
Mas não consegui.
E ninguém me ouviu.
Estava escuro,
Tudo estava muito escuro para mim,
Mas não era noite, pelo contrário,
O dia tinha um sol lindo e os pássaros cantavam lá fora,
Eu não sei que melodia eles cantavam,
Não consegui prestar atenção, 
Entretanto, sei que eles cantavam.
Por favor, me escute!
Estou preso numa encruzilhada,
Não estou em casa, 
Meu corpo estava lá, 
Mas eu não.
Estou farto de acreditar em mentiras,
Minhas mentiras me enganam todos os dias,
E eu me pergunto até quando isso vai durar?
Seria a morte um escape?
Você nunca vai saber o que estou sentindo,
Serei mais do que aquilo que você fez de mim,
Mas tenho primeiro que sair dessa escuridão,
Estou cego!
Eu ainda não morri,
Estou vivo e dentro de mim vive alguém,
Alguém que já nem acreditava que existia,
Alguém que me diz que eu serei um vencedor,
Talvez ele tenha razão.
Tentei acender a luz do meu quarto,
Mas não achei o interruptor,
Eu não vou ficar nesse lugar escuro para sempre,
Eu sei e acredito no impossível,
Vou sair do buraco e me reerguer,
Mas você nada saberá de mim,
Não sei a quem pertenço,
Mas em breve eu acenderei a luz,
Pois eu não desisti de procurá-la.
Mesmo que agora somente a escuridão me escute.




Texto: Escuridão
De: Diógenes Ramos

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Escute o que digo, amor


Ainda é cedo para pensar nisso, amor,
Achas que pode conhecer muito da vida,
Até se engajou em amores desconhecidos,
Sem saber onde irá dar todas essas ilusões,

Acorde para vida, amor,
Embora aches que está bem resolvido,
A cada dia se esvai um pouco de ti,
Em questão de tempo não serás mais o que és,

Escute o que digo, amor,
O mundo é mesmo uma bola,
Vai mudar tanta coisa ainda,
E massacrar os seus sonhos inocentes,
Vai reduzir amores desconhecidos a fumaça,

Atente-se meu amor,
De cada amor que experimenta,
Ficará somente lembranças e choros insanos,
E quando se der conta de tudo isso,
Já não poderá sair desse abismo,
Abismo que você mesmo cavou.



Texto:  Escute o que digo, amor
De: Diógenes Ramos

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Devolva o Meu Sorriso


Ele saiu de repente de minha vida. 
Fechou a porta sem olhar para trás. 
Acreditei que fosse voltar e que aquela briga seria apenas mais uma de várias que tivemos. 
Esperei uma semana, 
Dois meses, 
Três anos, 
E no fim, acabei desistindo de esperar.
E passei acreditar que aquela última briga foi definitiva.
Eu entendo tudo o que aconteceu,  
E mesmo amando, eu o quero livre para seguir o caminho que está traçado para ele,
Infelizmente não podemos ter tudo.
Quando aquela porta se fechou, 
Percebi que não era somente ele que partia, 
Mas os meus sonhos, 
Minhas vontades, 
Minha inocência,
Minha alegria, 
Meu acreditar 
E meu sorriso. 
Levou coisas que eu mais admirava em mim. 
Seria bom se ele voltasse, 
Seria bom se pudesse tê-lo nos meus braços e em mim, 
Seria bom se devolvesse o que foi meu,
Mas isso não vai acontecer.
Então, caso passe pela minha rua,
Deixe na minha porta apenas o meu sorriso, 
Por que ainda quero voltar a sorrir.




Texto: Devolva o Meu Sorriso
De: Diógenes Ramos


sexta-feira, 5 de abril de 2013

O Canto Dessa Nação Sou Eu e é Você




E depois de ouvir tantos absurdos na Internet com relação a toda essa sujeira, eu pensei se realmente valeria a pena expressar minha opinião, mas vai lá, se não fizer isso, sentirei que não contribuí para o nosso crescimento e para o desenvolvimento de uma nova geração que já deveria ter saído do anonimato há muito tempo e declarado: Sim, somos todos iguais nessa porra!
Pois bem, se mexeram comigo, então eu acho que agora eu vou me expressar.
Falando com um pouco de propriedade, eu sou um, entre tantos milhões, que acreditaram que estando dentro de uma igreja, Deus me mudaria, porém aprendi que essas mudanças não aconteceriam, e que era a mesma coisa que dar murro em ponta de faca, porque não podemos negar quem somos de verdade, está intrínseco desde o ventre. Alguns ainda acreditam na ilusão de se iludirem, mas quer um conselho? É balela.

Dentro da própria Bíblia tem um contexto que diz: "Quando eu era menino falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino". Eu cresci, e aprendi que o Deus que pregavam para mim como um monstro que me mandaria para o inferno sem nem ao menos me dar uma oportunidade de me explicar, não é mau a esse ponto. Os seres humanos sim, são maus.

O mundo mudou, as pessoas mudaram, e por que motivo ainda somos obrigados a crescer com essa cegueira torpe e mercenária onde somente os fortes mandam e impõem? Mercenários porque quanto mais civis ignorantes, mais forte e poderosa ($$) a igreja se tornava, e, infelizmente, não mudou muito até hoje, pois existem muitas pessoas que se acham inteligentes demais, porque tem o mundo na palma das mãos por conta do grande avanço da Internet, mas com toda essa informação pensam muito pouco e agem de acordo com a maioria. E o que eles querem é que a procissão continue andando sem reclamações.

Os preceitos da igreja primitiva não podem ecoar por tanto tempo. Deus, Aquele que é supremo, ama os seres humanos tal como são e isso independem de sua orientação, cor ou credo.

Não pode continuar num cargo importante para o desenvolvimento uma pessoa que quer mudar o Brasil e fazer com que todos retrocedam a idade da pedra e venda nos olhos. Não pode continuar nesse cargo uma pessoa que abre a boca para falar que Satanás era quem dominava antes, sendo que a Bíblia diz que todos os que estão no poder, foram constituídos antes mesmo, por Deus. E se seguirmos essa lógica teremos que crer que Deus estaria apoiando Satanás. Não pode permanecer nesse cargo uma pessoa que se preocupa com o reto dos outros. Não pode continuar no cargo pessoas que desperdiçam oportunidades grandes para falar do que ele é contra, sendo que Jesus aproveitou cada brecha para falar que Deus é amor e que ele veio para remissão dos pecados de toda humanidade.

Não estou aqui dizendo que é errado acreditar no que eles pregam, mas não é certo que toda nação venha ser prejudicada com essas crenças. Sei que a Constituição Federal, no artigo 5º, VI, estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias. Mas o que você acredita pode não ser o que acredito, e ainda assim, ser certo.

Dane-se se a Daniela Mercury está amando uma mulher, fico feliz por ela, pois o amor é lindo em qualquer situação, dane-se se a Joelma acredita que um filho gay é comparado com um drogado, ela pode não ter tanto cultura para expressar esses assuntos. Dane-se se os filhos da Claúdia Leite não serão gays porque serão bem educados, talvez ela não tenha educação para falar disso. 

Mas o que A Comissão dos Direitos Humanos e Minorias defende?

De acordo com o regimento interno da Câmara, as atividades da CDHM são:
recebimento, avaliação e investigação de denúncias relativas a ameaça ou violação de direitos humanos;
fiscalização e acompanhamento de programas governamentais relativos à proteção dos direitos humanos;
colaboração com entidades não-governamentais, nacionais e internacionais, que atuem na defesa dos direitos humanos;
pesquisas e estudos relativos à situação dos direitos humanos no Brasil e no mundo, inclusive para efeito de divulgação pública e fornecimento de subsídios para as demais Comissões da Casa;
assuntos referentes às minorias étnicas e sociais, especialmente aos índios e às comunidades indígenas; regime das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios;
preservação e proteção das culturas populares e étnicas do País;

Eu sou o canto dessa nação e esse povo não me representa, porque eu escolhi pensar.



Texto: O Canto Dessa Nação Sou Eu e é  Você 
De: Diógenes Ramos.

Livros - Diógenes Ramos

  • Cicatrizes - Toda Forma de Amor
  • No Meu Céu
  • O Violinista
  • O Bailarino