terça-feira, 23 de julho de 2013

A Maldição da Rosa


A rosa estava plantada no jardim. 
Era uma linda rosa,
A mais bela que já vira em toda minha vida.
Eu estava feliz por ele ter aparecido em minha vida,
Queria retribuir com um presente,
Mesmo que fosse um roubado.
Aquele sorriso lindo era fácil de me tirar o chão.
E não me deixar raciocinar.
A rosa me tentava a arrancá-la.
E eu não resisti.
Pulei o muro baixo do meu vizinho,
Certifiquei-me de que ninguém estava me vendo,
E de uma única tentativa eu tirei a bela rosa,
Era de uma beleza que me instigava a comê-la.
Corri de volta,
Pulei o muro com ela em minha mãos,
Levei para minha casa e esperei ele chegar para entregar a pura rosa.
Quando estava cansado de esperá-lo,
De repente a porta se abriu,
Ele me olhou no fundo dos olhos,
Sorriu carinhosamente,
Beijou minha testa,
Meus olhos,
Minha boca,
E disse baixinho:
-Eu quero ser o seu amor por toda eternidade.
E eu respondi:
-Eu serei seu enquanto viver.
Fui até a cozinha, 
Peguei a rosa e o entreguei.
Ele sorriu novamente e me abraçou.
Eu me desmontei com aquele abraço e me entreguei com paixão.
Foi uma linda noite, 
Acredito que a mais perfeita de minha vida.
A rosa ficou ali nos velando enquanto nos amávamos,
E depois daquilo o nosso amor secou como a rosa no copo.
Penso que não posso mais fazer a linda rosa ter vida,
Mas não consegui me libertar nem da rosa e nem daquele sorriso.




Texto: A Maldição da Rosa
De: Diógenes Ramos
Em Luxemburgo na casa de Junior.

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