sábado, 19 de janeiro de 2008

NeGo TuDo

Pra você que amou, amou até o fim, não essa coisa que se esquece com outro, falo de amor pra foder tudo, veneno em óleo fervente. Pra você que tem quelóides de fogo, marca sagrada e estúpida. Pra você que amou assim, eu continuo sem piedade nos rins. Filtro um terço do rio, o resto tomba pelo meio das costas, cai na bacia, represo. Vou pra casa do caralho, onde o pau sou eu, alargando a carótica com lança de bronze. bronzeada. Na beira. No fim.
Texto de Andréa Del Fuego

sábado, 12 de janeiro de 2008

Viver é justo, morrer talvez seja injustiça, continuar vivendo é o caos...

Se existe algo em que eu valorizo muito é a vida, a cada dia que se passa eu percebo que não existe nada mais fantástico do que estar vivo.
Como é fascinante a história de um simples espermatozóide, a maneira como ele luta para fecundar um óvulo e viver, é uma corrida onde muitos, ou melhor, milhares ficam para trás, ele sonha em chegar lá e quando consegue esse vislumbre, percebe que nada ainda começou e que tem muito por vir, mas chegar até ali já é o começo de uma grande jornada pela frente, porém não acaba ali, passamos nove meses dentro de um útero, útero daquela a quem chamaremos de mãe, depois nascemos e nos tornamos obra prima daquela família, com o tempo descobrimos como é gostoso brincar, correr, nos machucar, daí conhecemos nossos melhores amigos e começamos a compartilhar com ele nossos desejos, nossas vontades, e há uma reciprocidade em tudo isso, pois todos estão conhecendo a arte de encantar e ser encantado com o outro ser; é muito inteligente como os nossos ossos vão crescendo dentro de nós, esperamos tanto para isso, queremos tanto nos tornar adultos e viver novos desafios, conquistar o nosso espaço; e o engraçado é que passamos nossa vida de criança sonhando em ser grande, sonhando com um futuro desconhecido, e ai quando estamos quase chegando lá, percebemos que não é tão ruim ser criança, não que seja ruim ser adulto, mas percebemos que na infância não existe tantas responsabilidades para assumirmos, e quando nos deparamos com essa realidade é tarde demais e não podemos voltar, nesse espaço de tempo, conhecemos tantas pessoas especiais, tantos que marcarão nossas vidas para sempre, tantos que tivemos que abandonar pelo caminho, somente pelo fato de termos caminhos opostos, muitas dessas pessoas ajudaram a construir o nosso caráter, ajudaram a nos sentir especiais; são nesses momentos que conhecemos o nosso primeiro amor, aquele(a) que pensamos viver o resto dos dias do lado, mas ai vem decepções, e você se acostuma com um outro amor, logo depois descobri que o pra sempre, sempre acaba, as vezes a saudade bate tão forte, saudade da família, da mãe preparando o seu café da manhã, saudade de quem realmente valeu a pena, saudade até mesmo do seu cachorrinho de estimação, saudade da melhor amiga, não da namorada, mas aquela que é amiga de alma, e ai vem uma vontade imensa de chorar, você tenta segurar um pouco para disfarçar para a sociedade que adultos não choram, mas um dia a lágrima desce e você não consegue conter. Nesse espaço de tempo você acredita que a vida e a morte têm a mesma força, você já está mais maduro, você acredita que há uma dualidade que terá que passar. Mas para ser franco, morrer para que? A troco de que? A nossa essência não é de morte, é de vida, desde que o primeiro homem foi formado ele foi feito dessa forma e nós carregamos esse gene em nós, tudo bem que existem pessoas que acreditam em vida depois da morte, ou em reencarnação, mas ainda assim o sonho de todos é viver até que os olhos mudem de cor, a morte é triste, e de tristeza basta somente o pensamento que temos dela. Não fizemos tudo do que queríamos fazer, mas mesmo assim morremos, engraçado isso; a morte é estúpida! Nem projetamos nossa semana, mas mesmo assim ela vem, existe uma frase bastante interessante que nos diz: se a morte faz parte da vida e se vale à pena viver, então, morrer vale a pena. È uma filosofia um tanto interessante, mas levante a mão quem quer morrer agora. E a resposta é nua como a palma da mão, ninguém quer morrer, mas se quiseres continuar vivendo terá que se acostumar com a mesma, se acostumar que a vida está projetada dessa forma, é certo que tempos difíceis virão e poderá te fazer desanimar, todavia viver em um caos é melhor do que não viver de jeito nenhum, e por isso defendo mais uma vez minha opinião... VIVER É FASCINANTE, PORÉM A MORTE É ESTÚPIDA.


Texto de Diógenes (didikayan)

Livros - Diógenes Ramos

  • Cicatrizes - Toda Forma de Amor
  • No Meu Céu
  • O Violinista
  • O Bailarino