segunda-feira, 3 de março de 2008

SaCo TuDo!


Você veio bailando no salão como se estivesse fazendo sexo com dança,
Não me recordo se foi com a dança ou comigo,
Mas sei que vi sexo.
Quando me apertou e falou esquentando o meu pescoço com o vapor que saia da sua boca,
Os meus rins se estremeceram... Sim! eles tremiam dentro de mim.
Depois beijou-me estranhamente,
Beijou-me como um animal no cio,
Como se nunca tivesse feito aquilo que você faz de melhor.
Esse seu jeito insano de me amar vinha acompanhado de algo mais,
Talvez estivesse sozinho,

Pensando bem, acho que não, não é possível.
Sinto que uma outra força acompanhava-te naquele momento.
Podia até ser à força do desejo,
Mas existia muito mais ali, muito mais...
Tudo em você é agradável,
E com você só vale se for tudo,
Pois tudo em você fazia sexo comigo.
Sua mão era sexo, seu peito fazia sexo,
Seu cabelo nos servia de cobertor,
Sua boca permanecia calada,
Mas não precisava falar nada,
Pois o seu olhar cheio de lascívia,
Dizia que queria muito estar ali.
E na hora do êxtase total, 

Quando você se entregava a mim,
Quando sua boca se abriu para me dizer algo...
Eu escutei:

Trim! Trim! Trim!


Era meu telefone.

Eu acordei com um susto ao ouvi-lo tocando, 
Tirei-o do gancho e disse sem pensar em quem estava do outro lado.

_ Que saco! Isso é hora de ligar para alguém?


Mas a voz do outro lado estava suave, não mencionou a mesma altura com que tinha atendido, talvez fosse melhor assim; era você, e quando me pediu para sair do sonho e ir ao seu encontro na noite. 
Eu FuI...


Texto: SaCo TuDo!
De: Diógenes Ramos

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