quinta-feira, 7 de março de 2013

Lurdinha


A fêmea era um tanto quanto estranha,
Gostava de coisas inusitadas,
Menina recatada em casa,
Um exemplo para sociedade.
Mas escondia coisas que só ela sabia,
Ela e alguns por ai.

Sua única objeção era que a deixasse gozar.
Louca de pedra,
Uma doida varrida,
Mas sendo ela mesma sempre e fazendo o que bem queria.

Na cama queria ser tratada como vadia e puta
Como vaca e cachorra,
Como profana e perua,
Como tarada mesquinha,
Piranha também era aceitável,
Lurdes era uma senhorita comportada,
Mas na cama, uma devassa.
Lurdes virava Lurdinha na hora H.
Era assim que gostava de ser chamada.

Saía com vários homens,
Quanto prazer ela os deu,
A mulheres também,
Ela não era de escolher serviço,
Na situação que se encontrava fazer escolhas era uma afronta.
A menina Lurdinha era uma puta.
Mas o que ela queria mesmo era que a deixasse gozar.

Uns nascem para doutor,
Outros para professores,
Tem ainda aqueles que nascem para governar,
Ela era diferente,
Nasceu para ser rameira.
Quanta sorte teve Lurdinha.



Texto: Lurdinha
De: Diógenes Ramos.

4 comentários:

Nair Santana disse...

Pois então......
Ao menos a Lurdes / Lurdinha era sincera, falava e fazia o que tinha vontade era anjo ou mulher rameira ou puta mais fazia valer a sua vontade idepedente de qualquer um.....

E isto aiii Lurdinha....

E a voce Didi, mais uma vez parabéns pelo lindo texto....

O eterno aprendiz... disse...

Eu queria ter essa sorte dela kkkkkkkkkkkkkkk

Tu Gosta Que Eu Sei disse...

Adoro essa Lurdinha!!! ; )

O eterno aprendiz... disse...

eu tb adoro viu Cherry.

Livros - Diógenes Ramos

  • Cicatrizes - Toda Forma de Amor
  • No Meu Céu
  • O Violinista
  • O Bailarino