Mulher forte de personalidade marcante, mulher vivida de experiências vastas.
Bonita?
Cativante eu diria.
Sonhadora, guerreira, via soluções ao invés de problemas.
De pele negra, pequena, aquilo sim que era mulher.
Ignorava o pessimismo e acreditava que o amanhã poderia acontecer coisas maravilhosas.
Oportunidades novas, sonhos novos, resultados diferentes.
De cabelo espalhafatoso e linda aos olhos de quem a desejava.
Simples também.
Me fazia acreditar em coisas que nem eu via que existia em mim.
Fez-me sentir menino, homem, desbravador.
Fez-me sentir mulher, fêmea, desejada.
Se refazia quando pensavam que ficaria caída,
Quando a olhava nos olhos ela me dizia que aquela fase seria a mais importante para um novo aprendizado.
E eu menino não compreendia porque todas as vezes era sempre a mesma fala.
Mas logo que me tornei homem, compreendi.
Ela dizia que quando eles voltassem veria que estava reerguida
E que queria ouvir o que eles iriam dizer.
Porém a sua maior vontade era mostrar que estava de pé novamente,
Despudorada e indecorosa.
Se levantava.
Bela?
Independente eu diria.
Estudada?
Na escola da vida, na escola dela.
Mas quando fecho os meus olhos vejo me olhando, me abraçando.
Me ensinando.
Autoritária também.
Fez homens felizes, deu prazer.
A mulheres também.
Ela bebia, e como bebia...
Se tornava um pedreiro na frente de um boteco.
Parou de beber também,
admirava independente do que fazia.
Era uma menina, uma mulher, um homem, uma professora e uma estudante.
Eu mesmo ensinei algumas coisas, mas devo confessar que aprendi muito mais.
Não tinha ambição de riqueza, não me lembro de nenhuma ambição,
Desculpa, eu menti, tinha uma ambição sim: Ser feliz!
Na sua liberdade buscava apenas viver a vida dela.
Mulher sábia, esperta, mas ao mesmo tempo boba.
Sobretudo uma mulher,
Com pureza no olhar e lascívia nos atos.
Puta!
Uma linda puta.
Tina, aquilo sim que era mulher.
Texto: Tina
De: Diógenes Ramos (Didikayan)
De: Diógenes Ramos (Didikayan)